terça-feira, 27 de setembro de 2011

ARTE CINÉTICA

Obra de Abraham Palatnik

 Movimento rompe com a condição estática da arte
Segundo o dicionário, cinética é o ramo da física que trata da ação das forças na mudança de movimento dos corpos. A palavra tem origem no grego kinétós, que significa móvel ou o que pode ser movido. 
A arte cinética busca romper com a condição estática da pintura e da escultura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento.
(Fragmentos: uol educação)




ALGUNS ARTISTAS CINÉTICOS:
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Lygia Clark

Da pintura aos objetos tridimensionais    Valéria Peixoto de Alencar*



Mineira, Lygia Pimentel Lins (1920 - 1998) foi pintora e escultora. Mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1947, e iniciou seu aprendizado artístico com Burle Marx. Entre 1950 e 1952, viveu em Paris, onde estudou com Fernand Léger, Isaac Dobrinsky e Arpad Szenes e realizou sua primeira exposição individual.


Reprodução
Sem título, 1957
De volta para o Brasil, integrou o Grupo Frente. Foi uma das fundadoras doGrupo Neoconcreto e participou da sua primeira exposição, em 1959. Gradualmente, trocou a pintura pela experiência com objetos tridimensionais. Realizou obras participacionais como a série Bichos, de 1960, construções metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças e requerem a participação do público.


Em 1960, ensinou artes plásticas no Instituto Nacional de Educação dos Surdos. Recebeu o prêmio de melhor escultora na Bienal Internacional de São Paulo em 1961. Morou em Paris entre 1970 e 1976, período em que ensinou na Facultade de Artes Plásticas St. Charles, na Sorbonne. Voltou ao Brasil em 1976; dedicou-se ao estudo das possibilidades terapêuticas da arte sensorial.


Obras de Lygia Clark

A obra inicial de Lygia Clark é fortemente influenciada pelo construtivismo da década de 1930. Até que, ao assinar o Manifesto Neoconcreto, novas diretrizes formais apontam em seu trabalho.


Bichos, obra de Lygia Clark
Bicho, c.1960, 14 x 34 x 30 cm
Lygia rompeu com o espaço bidimensional do quadro, aboliu a moldura, e sua obra invadiu a terceira dimensão. De 1960 a 1964, ela elaborou seus "Bichos", sua obra mais famosa, reproduzida na fotografia acima.


Trata-se de um conjunto de chapas de alumínio, articulados com dobradiças que permitem que as pessoas dobrem, virem, mexam, combinem as formas. Ou seja, a obra não é acabada, convidando quem a vê a interagir. Todas suas obras produzidas a partir de "Bichos" seguem este conceito: o público é parte fundamental da obra.
(texto: uol educação)


Após a sua obra de arte "Bichos", Lygia Clark começou a produzir cada vez mais obras em que o público faz parte delas, até chegou a não existir mais um objeto em si e apenas uma performance e uma interação entre pessoas.
Alguns exemplos de obras que exigiam a maior participação do público para compor a obra são: Máscara Abismo - 1968; Luvas Sensoriais -1968; Eu e o Tu -1967; Eu e o Tu -1967.



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Alexander Calder

                   

Calder ocupa lugar especial entre os escultores modernos. Criador dos stabiles, sólidas esculturas fixas, e dos móbiles, placas e discos metálicos unidos entre si por fios que se agitam tocados pelo vento, assumindo as formas mais imprevistas – a sua arte, no dizer de Marcel Duchamp, “é a sublimação de uma árvore ao vento”.
Calder foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a criar uma nova forma – o mobile. Nos últimos anos mantinha um estúdio em Saché, perto de Tours e embora vivesse aí a maior parte do tempo, conservou sua fazenda de Roxbury, Connecticut, comprada em 1933, e que se tornara um verdadeiro repositório de trabalhos e objetos feitos por ele – desde os andirons espiralados da lareira rústica até às bandejas feitas com latas de azeite italiano.

(texto: wikipedia)








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Abraham Palatnik - Tecnologia e Arte

“Sua obra nos mostra a força do caráter
experimental da arte a possibilidade do uso da tecnologia sem perder de vista a vitalidade poética, e ainda a incorporação do mundo mais prosaico e seus acontecimentos, prontos para serem ativados pela percepção do artista e reordenados, apostando na potência poética do que é, num primeiro momento, casual. Mas sem esquecer que é ela, a aposta no acaso, que está na origem deste existir com vitalidade, ânimo, movimento, fantasia, e beleza por fim. Isso pode valer para uma vida, isso certamente vale para descrever como surgem, diante dos nossos olhos, os trabalhos de Abraham Palatnik.“ Luiza Duarte - 2008
(texto: abrahampalatnik)


Estudou em Telaviv, nas escolas Herzlla e Montefiori, esta última de especialização em motores de explosão. Estudou pintura e história da arte no ateliê de Aron Ani, escultura com Sternshus e estética com Dr. Shor. Em 1948, continua sua orientação estética no Brasil com Mário Pedrosa. Em 1949, inicia pesquisas no campo da luz e do movimento. Expõe seu primeiro aparelho cinecromático na 1ª Bienal Internacional de São Paulo (1951), obtendo menção especial do júri internacional. De 1953 a 1955, participou do grupo Frente, envolvendo-se nas discussões sobre arte abstrata. Já nos anos 60, começou a produzir máquinas artísticas, nas quais peças coloridas ganham movimentos inusitados em função de um complexo sistema de motores e engrenagens.

Dedicou-se à solução de problemas técnicos e desenho industrial, desenvolvendo processos de controle visual e automático em indústrias. Em 1963, obteve o copyright para sua invenção de um jogo de percepção: Quadrado Perfeito. Em 1997, participou da 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Seu reconhecimento é internacional. Ele consta do catálogo Art e Mouvement, organizado pelo Museu de Telaviv em 1965 (com colaboração da Galeria Denise René, Paris), no qual foi considerado um dos precursores da arte cinética no mundo.





IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Palatnik foi um artista, um inventor, um revolucionário. Em 1951, seus trabalhos com aparelhos cinecromáticos quase não puderam participar da 1ª Bienal Internacional de São Paulo pois não sabiam em que categoria inscrevê-los. Acabaram entrando como pintura/escultura e receberam um prêmio especial de pesquisa. Os trabalhos de Palatnik já foram expostos em várias mostras no Brasil e no mundo. Ele inventou desde um novo jogo (misto de xadrez e damas) até um aparelho de descascar coco babaçu sem ferir a amêndoa. Passou do estudo da mecânica dos motores de explosão para a pesquisa de arte com a maior naturalidade, pois considerava a arte como um estágio natural da especulação científica. Dizia que a natureza nos rodeava de toda sorte de informações e que ele estava sempre procurando na natureza as suas informações mais secretas. É considerado um dos pioneiros da arte cinética.
(texto: cibercultura)



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O Grivo

"Duas máquinas", 2008
Criado em 1990 em Belo Horizonte, Brasil.
                                         Radicado em Belo Horizonte, Brasil
O Grivo é Nelson Soares e Marcos Moreira Marcos, ambos com formação musical. O trabalho de O Grivo abrange concertos, instalações e performances, com variadas perspectivas de improvisação, e utilização de equipamentos eletrônicos em áudio e vídeo.
Além das performances ao vivo, O Grivo compôe trilhas para cinema, vídeo, dança e instalações em colaboração com artistas como Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Alejandro Ahmmed, Adriana Banana e Rodrigo Pederneiras. No momento o GRIVO trabalha na concepção sonora de um projeto da bailarina Thembi Rosa, parceira do grupo em outras ocasiões, e na captação e trilha de filmes.
Este ano, o grupo fez ao vivo a trilha sonora de filmes mudos de George Méliès, Charles Chaplin e Pat Sullivan, em São Paulo. O Grivo prepara uma instalação sonora em parceria com Rivane Neuenschwander que será mostrada na South London Gallery, em Londres, e terá a forma de uma chuva com diversas variações de timbre, densidade, intensidade e posição espacial.
Para a 28ª Bienal de São Paulo, O Grivo exibe uma instalação sonora e performance com o que chamam de "máquinas sonoras", que, acionadas pelos músicos ou por mecanismos eletrônicos, ocupam o espaço com sons em diferentes freqüências, criando um ambiente com variações mínimas. A percepção do acontecimento sonoro vai variar conforme a posição do visitante nesse ambiente, o que resulta sempre em uma experiência única para cada um.
O trabalho de O Grivo, em suas próprias palavras, pesquisa e aprofunda temas e campos tais como a "espacialização, a disposição e o movimento do som no espaço, a improvisação, a ampliação do repertório de timbres (acústicos, eletrônicos e eletroacústicos), a mecanicidade e a aleatoriedade, o minimalismo (John Cage e Morton Feldman), a transparência da forma, a atenção para todas as particularidades dos sons e ouvido curioso".
Exposições: Museu de Arte de Belo Horizonte; Teatro Telemig, Belo Horizonte;Thèatre d'Arras, Reims, França;Palácio das Artes, Belo Horizonte; Pavilhão Manoel da Nóbrega, São Paulo; Sesc Pompéia, Sesc Avenida Paulista e Sesc Consolação, São Paulo; Martin Klosterfelde Gallery, Berlin, Alemanha; Carreau du Temple, Paris, França.    

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Arthur Ganson
Seu Trabalho
Ganson descreve seu trabalho como um cruzamento entre engenharia mecânica e coreografia. Algumas de suas máquinas extremamente elaboradas têm uma função muito simples, tais como lubrificação-se ou causar uma cadeira para pular de um gato de brinquedo, enquanto outros não fazem nada em tudo, mas de uma forma visualmente fascinantes.
Embora alguns críticos lêem significado profundamente filosófica para essas obras, as máquinas também apresentam um lado, infantil brincalhão. Uma de suas construções, um conjunto de engrenagens fio amarrado a um wishbone, apareceu em um episódio do desenho animado infantil série Arthur , onde foi comparado com "as obras tragicômica de Samuel Beckett - um número pequeno para sempre atrelados a sua carga de absurdo. " 
Além de suas produções artísticas, Ganson é também o inventor de Toobers & Zots , um comercial de brinquedo set-composto de peças de espuma flexível em formas abstratas que podem ser montadas em quase tudo. Ele também esteve envolvido em projetos de outro brinquedo.
Desde por volta de 1997, Ganson tem sido o mestre de cerimônias do anual "Friday After Thanksgiving" (FAT) competição patrocinada peloMIT Museum , em Cambridge, Massachusetts . Equipes de competidores construção elaborada Rube Goldberg estilo reação em cadeia máquinas em mesas dispostas ao redor de um grande ginásio. Cada aparelho é ligado por uma corda ao seu antecessor e sucessor máquina. A string inicial é cerimonialmente puxado, e os eventos seguintes são filmadas em close up e, simultaneamente, projetadas em grandes telas para a visualização pelo público ao vivo. Após a cascata inteira de eventos tiver terminado, os prêmios são, então, premiado em várias categorias e faixas etárias. Vídeos de diversos concursos de anos anteriores são visíveis no site do Museu do MIT.
(texto: wikipidea)

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Theo Jansen   A Haia17 de março de 1948 - holandês.
 A sua obra é especialmente conhecida pelos trabalhos de grandes dimensões que se assemelham a esqueletos de animais e que são capazes de caminhar utilizando a energia do vento.

As suas obras são uma mistura de arte e engenharia; em um comercial de televisãoda BMW, Theo Jansen afirma que "as fronteiras entre arte e engenharia existem apenas em sua mente". Diversos vídeos mostrando os seus trabalhos podem ser encontrados no Youtube.
Jansen dedica-se a criar vida artificial através de algoritmos genéticos, que simulam a evolução dentro de seu código.Algoritmos genéticos podem ser modificados para resolverem uma variedade de problemas.Suas criações possuem cérebros primitivos, baseados em contagem binária,que são utilizados para lozalizar sua posição na praia.Seus "animais" necessitam localizar-se para ficarem longe de seus principais perigos: o oceano, o fim da praia e principalmente tempestades.
Segundo sua página:
Há cerca de 10 anos, Theo cria um novo tipo de natureza.Nem pólen nem semente, mas tubos amarelos são utilizados como material básico dessa nova natureza.Ele constrói esqueletos capazes de caminhar com a ajuda do vento.Ele sonha, em um futuro próximo , soltar suas criações na praia para que possam viver suas próprias vidas.

(texto: wikipedia)

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Nasceu em São Paulo, em 1948. É arquiteto pela FAU/USP e artista plástico. Em seu conjunto de obras podemos encontrar esculturas lúdicas, videoinstalações, multimídia, eletroperformances, projetos e instrumentos científicos. Participou de diversos eventos, entre eles SKY ART na USP (1986), e Water Work Project, Toronto, Canadá (1978). Lecionou comunicação visual e desenho de arquitetura na Faculdade de Artes Plásticas da PUC/Campinas, em 1978-80. Foi professor do curso A Técnica e a Linguagem do Vídeo, no festival de inverno de Campos de Jordão, em 1983. Foi editor da revista Around AZ.
Importância da sua obra
Guto Lacaz é basicamente um artista plástico que, às vezes, cruza os terrenos da ciência e da tecnologia, sobretudo quando constrói as suas máquinas e aparelhos paradoxais ou absurdos. É uma espécie de antiengenheiro decidido a aplicar o seu know-how na desmontagem, na desorganização, na desconstrução talvez do sistema produtivo industrial. Trata-se basicamente de conceber e pôr em funcionamento publicamente dispositivos absolutamente inúteis, que repetem  ad infinitum suas tarefas quixotescas.  
O trabalho de Lacaz é a experiência mais negativa que se conheçe no Brasil (negativa no sentido de portadora de uma negação) em relação a toda a religião da produtividade que embasa as sociedades industriais. O que quer Lacaz é justamente transformar em jogo gratuito a função produtiva da tecnologia, de modo a demonstrar que o trabalho artístico depende muito pouco dos valores da produção e progride sempre na direção contrária à da tecnocracia. A tese que parece sustentar o seu trabalho é a de que a arte independe de qualquer teleologia; ela é o que é, esse enigma inesgotável, entre outras coisas porque lhe faltam finalidades. Ao fluxo quantitativo das mensagens utilitárias e confortantes que trafegam diariamente nos canais majoritários da mídia, a arte responde com a incerteza, a indeterminação e, acima de tudo, com um humor que corrói tudo.      (texto: wikipedia)






Penetrável Magic Square #5 - Hélio Oiticica

OBRA ESCOLHIDA PELO MEU GRUPO

Os  Penetráveis incorporam a idéia de objetos que Hélio denominou de projetos, 
inicialmente realizadas em forma de maquete e, posteriormente, em manifestações ambientais (FAVARETTO, 2000). Nessa série, Hélio lida com a criação de espaços labirínticos, que são desdobramentos da concepção dos Núcleos. Nela, essas estruturas labirínticas, quase arquitetônicas, deixam de ser compostas somente pela fusão de planos de madeira pintados a óleo; assumindo, em sua constituição física, uma diversidade de materiais. As obras constituintes dessa série são designadas pela sigla PN (relativa à palavra penetrável) seguida de uma numeração seqüencial relativa à ordem de criação de cada uma delas. O texto a seguir, traduz a essência do projeto de Penetrável Magic Square nº 5, De Luxe, de 1977:

“… Parece colorida surgindo na floresta, brotando da própria terra […] fusão 
e transmutação dos laranjas, magentas, amarelos, brancos e azuis. Luzes e 
sombras também são cortadas por folhagens verdes. A arte de Hélio brota 
encoberta pela mata da tijuca […]  mergulho da “cor-luz” e natureza 
constituem um convite ao ambiental […] Este trabalho é o ápice da  cor que 
reinventa do espaço. […] O Magic Square nº 5, De Luxe é a realização […] 
de uma nova realidade plástica […] em que arquitetura, escultura e pintura 
estariam fundidas e não integradas. […] é a culminância de um processo do 
início do século XX, de desmonte do quadro para conservar a pintura. Só 
que a pintura teve que abandonar o plano da tela e buscar no espaço físico 
do mundo (fundindo-se como arquitetura) aquilo que a representação 
perseguia como imagem (DOCTORS, 2000)."


Trata-se de uma obra composta por nove paredes de tamanhos iguais, cuja medida é de 4,5x 4,5mx 0,5m, implantadas em um terreno plano e dispostas aleatoriamente sobre uma superfície coberta por pedras. Cada uma destas paredes receberia um revestimento com pintura nas seguintes cores: azul, laranja, magenta, amarelo e branco, havendo repetição da  cor em algumas delas. Sobre a parede azul e sobre uma das paredes brancas, estaria apoiada uma estrutura acrílica quadrada de coloração azul, seguindo as mesmas medidas das demais paredes que compõem a obra.  A área total ocupada pela instalação é de 15 metros quadrados.


Projeto Magic Square segundo Hélio Oiticica: materiais e técnicas construtivas 
Além de deixar vários estudos sobre a obra e ter produzido uma maquete com cores e disposição de paredes, Oiticica produziu registros escritos sobre a mesma. Nesses registros há especificações gerais a respeito do projeto que serão descritas mais adiante.  
Inicialmente, é de grande relevância relatar que tal obra foi projetada para ser 
instalada ao ar livre. Para a composição estrutural dela, o artista definiu uma medida padrão de 4,5m x 4,5x 0,5m, igual para as nove paredes - incluindo a estrutura acrílica - que compõem a instalação. Estas, segundo Hélio, deveriam ser construídas em alvenaria, serem quadradas e estarem fixas verticalmente em perfeito prumo. Com relação à disposição das paredes que formam a obra, aparentemente, ocorre de forma aleatória não havendo uma medida fixa para distância entre uma parede e outra.

No que diz respeito às camadas de tinta recomendadas por Hélio para serem 
utilizadas na montagem dessa obra, o artista determinou algumas marcas e 
especificações genéricas de cores. Para algumas destas, há certas medidas para cada mistura. A maioria das cores indicadas pelo artista é da marca “Liquitex Acrylic” (utilizada por ele na confecção da maquete), atualmente indisponível no mercado. Além disso, determinou quantidade de camadas, seqüencia e direções de aplicação com o pincel para cada cor e mesmo para o verniz. Ainda, segundo Hélio, a primeira demão de tinta nas paredes de cor branca, deveria ser constituída de pigmento (branco de titânio) e cola, à maneira de uma base de preparação. Ademais das recomendações  anteriores, Oiticica esboçou uma estrutura, com as mesmas dimensões das demais paredes, composta por chapas de acrílico de coloração azul com 5mm de espessura, que ficaria apoiada sobre duas paredes. Além deste elemento, ele determinou que uma das paredes, a qual apresenta uma forma vazada, deveria ser revestida por uma tela metálica. O chão, por sua vez, seria recoberto por pedras, e o terreno em volta da obra revestido por grama.
(texto:anpap)

Maquete Invenção da Cor for Magic Square nº05, Rio de Janeiro 1978

É uma obra nos passa muitas sensações, ao avistá-la no meio da natureza, as cores dela enchem os olhos nos convidando a aproximar e a apreciá-la mais. O intuito da obra é produzir sensações nas pessoas que preciam; a grandiozidade    da obra e suas cores vibrantes, misturada com um labirinto, permite que cresça uma sensação de confusão. Seus vazados vão enquadrando a natureza como em um retrato, sendo que nenhuma é igual a outra; as pedras no chão ao caminhas permite que ative a audição e o tato, a cada passo você sente uma pedra e faz um barulho, nos aproximando da natureza.
As texturas com que são revestidos os muros faz com que fiquemos atentos com ao brilho, as pinceladas e a sua conservação. Com certeza é uma obra que mexe com todos os institos daqueles que a preciam, sendo o oposto da primeira impressão que tive.



Croqui, feito em  22/09/2011

Croqui da sensação de confusão, feito em 22/09/2011


















quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INHOTIM - Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico


HIRTÓRICO
O Instituto Inhotim foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz em meados da década de 1980. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.
A propriedade particular foi se transformando com o tempo. Começava a nascer um grande espaço cultural, com a construção das primeiras edificações destinadas a receber obras de arte contemporânea. Ganhava vida também o rico acervo botânico, consolidado a partir de 2005 com o resgate e a introdução de coleções botânicas de diferentes partes do Brasil e com foco nas espécies nativas.


Inhotim pertence a cidade de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, que tem 35 mil habitantes e se localiza no Vale do Paraopeba e possui, além de belezas naturais, riquezas históricas e culturais.
(texto: www.inhotim.org.br)

Possui 17 galerias com obras de 19 artistas, dentre eles pesquisei sobre o Dan Graham:



Dan Graham

Nasceu em Urbana em 1942. Vive e trabalha em Nova York, Estados Unidos.
 Dan Graham já foi galerista, escritor, teórico, fotógrafo, videoartista e arquiteto. No final da década de 1960, entrou em contato com trabalhos de artistas minimalistas como Dan Flavin e Sol LeWitt e começou sua produção artística.
 "Homes for América" (1966) é uma espécie de ensaio formado por imagens e textos publicados na revista "Arts". É composto por 34 blocos de tamanho similar que contêm trechos de anúncios imobiliários, listas de preferências de cores de tinta para fachadas e fotos do exterior e do interior de casa típicas da arquitetura pós Segunda Guerra.
 Dan Graham tem trabalhos que se filiam mais à arte conceitual, como os "Schemes" nos quais, numa folha em branco, o artista escreve e enumera características de um texto: número de palavras, de letras, de páginas.
 O artista sempre teve uma produção que desestabiliza as categorias tradicionais da arte. Na década de 1980, realizou importantes trabalhos entre a arquitetura e a escultura. São pavilhões que podem ficar do lado de fora de galerias ou museus, em contato direto com o mundo. Estes trabalhos estabelecem um jogo entre interior e exterior ao escolher materiais como vidros e espelhos que ora possibilitam a visão de quem está de fora, ora de quem está de dentro. Da arquitetura, conservam a preocupação com a inserção no espaço público e a interação com as pessoas, das esculturas, o rigor formal e os materiais.

(texto: UOL Entreterimento)




Achei muito interessante o que descobri sobre esse artista pois ele tenta estabelcer um diálogo entre a natureza, a arquitetura e a arte. É fundamental esse diálogo porque não como separá-las e trabalhar com elas separadamente, porque a arquitetura estará em uma locar que provavelmente tem uma natureza, mesmo que escassa, e a arte está em um ambiente arquitetônico ou em meio a natureza. Além disso, ele trabalha com a interação do espaço público e as pessoas, o que é bem próximo da proposta de trabalho que faremos em Bichinho, assim é um motivo para me interar mais com as suas obras.


Outro artista que achei legal as suas obras foi o Jarbas Lopes:

Jarbas Lopes

Nasceu em Nova Iguaçu em 1964. Vive e trabalha em Maricá, Brasil.
Formado em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jarbas Lopes trabalha com materiais pouco nobres e um procedimento freqüente em seus trabalhos é a reconfiguração de objetos. Alterando a aparência de bicicletas sem, no entanto, interferir em seu uso, Jarbas preenche espaços vazios e encapa a superfície metálica delas com trançados de vime.
Seu trabalho mais polêmico, "Troca-Troca" (2002) consiste num longo trajeto percorrido pelo artista e sete amigos que foram de carro do Rio de Janeiro a Curitiba (aproximadamente 800 km). A viagem aconteceu em três fuscas, que andavam sempre próximos uns aos outros e estavam conectados por uma rede de som comum. Originalmente os automóveis eram amarelo, vermelho e azul, mas tiveram suas portas, capô e porta-malas trocados entre si tornando-se todos coloridos. Ao longo do percurso, o artista foi colando nos carros adesivos em que se liam palíndromos como "lateral é tela retal" e "aja na naja". Na chegada, os carros fizeram parte da exposição que inaugurou o Museu de Arte Contemporânea de Curitiba. 


(texto: UOL Entreterimento)


Gostei das obras desse artista também por lidar com objetos já existentes e mudá-los visualmente sem mudar a sua utilidade. Da um ar simpático aos objetos, que acaba dando a eles uma forma convidativa de aproximar e apreciar. Mais uma vez chega próximo da nossa proposta de trabalho, desta vez do Objeto Interativo; apesar de termos que criar o nosso objeto e que tenha uma polivalencia, podemos nos inspirar nos objetos já existentes, como brinquedos, suas formas convidativas e sua interatividade.