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Obra de Abraham Palatnik |
Movimento rompe com a condição estática da arte
Segundo o dicionário, cinética é o ramo da física que trata da ação das forças na mudança de movimento dos corpos. A palavra tem origem no grego kinétós, que significa móvel ou o que pode ser movido. A arte cinética busca romper com a condição estática da pintura e da escultura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento.
(Fragmentos: uol educação)
ALGUNS ARTISTAS CINÉTICOS:
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Lygia Clark
Da pintura aos objetos tridimensionais Valéria Peixoto de Alencar*
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Sem título, 1957 |
Em 1960, ensinou artes plásticas no Instituto Nacional de Educação dos Surdos. Recebeu o prêmio de melhor escultora na Bienal Internacional de São Paulo em 1961. Morou em Paris entre 1970 e 1976, período em que ensinou na Facultade de Artes Plásticas St. Charles, na Sorbonne. Voltou ao Brasil em 1976; dedicou-se ao estudo das possibilidades terapêuticas da arte sensorial.
Obras de Lygia Clark
A obra inicial de Lygia Clark é fortemente influenciada pelo construtivismo da década de 1930. Até que, ao assinar o Manifesto Neoconcreto, novas diretrizes formais apontam em seu trabalho.![]() |
Bicho, c.1960, 14 x 34 x 30 cm |
Trata-se de um conjunto de chapas de alumínio, articulados com dobradiças que permitem que as pessoas dobrem, virem, mexam, combinem as formas. Ou seja, a obra não é acabada, convidando quem a vê a interagir. Todas suas obras produzidas a partir de "Bichos" seguem este conceito: o público é parte fundamental da obra.
Após a sua obra de arte "Bichos", Lygia Clark começou a produzir cada vez mais obras em que o público faz parte delas, até chegou a não existir mais um objeto em si e apenas uma performance e uma interação entre pessoas.
Alguns exemplos de obras que exigiam a maior participação do público para compor a obra são: Máscara Abismo - 1968; Luvas Sensoriais -1968; Eu e o Tu -1967; Eu e o Tu -1967.
Alguns exemplos de obras que exigiam a maior participação do público para compor a obra são: Máscara Abismo - 1968; Luvas Sensoriais -1968; Eu e o Tu -1967; Eu e o Tu -1967.
Alexander Calder
Calder ocupa lugar especial entre os escultores modernos. Criador dos stabiles, sólidas esculturas fixas, e dos móbiles, placas e discos metálicos unidos entre si por fios que se agitam tocados pelo vento, assumindo as formas mais imprevistas – a sua arte, no dizer de Marcel Duchamp, “é a sublimação de uma árvore ao vento”.
Calder foi o primeiro a explorar o movimento na escultura e um dos poucos artistas a criar uma nova forma – o mobile. Nos últimos anos mantinha um estúdio em Saché, perto de Tours e embora vivesse aí a maior parte do tempo, conservou sua fazenda de Roxbury, Connecticut, comprada em 1933, e que se tornara um verdadeiro repositório de trabalhos e objetos feitos por ele – desde os andirons espiralados da lareira rústica até às bandejas feitas com latas de azeite italiano.
(texto: wikipedia)
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Abraham Palatnik - Tecnologia e Arte
experimental da arte a possibilidade do uso da tecnologia sem perder de vista a vitalidade poética, e ainda a incorporação do mundo mais prosaico e seus acontecimentos, prontos para serem ativados pela percepção do artista e reordenados, apostando na potência poética do que é, num primeiro momento, casual. Mas sem esquecer que é ela, a aposta no acaso, que está na origem deste existir com vitalidade, ânimo, movimento, fantasia, e beleza por fim. Isso pode valer para uma vida, isso certamente vale para descrever como surgem, diante dos nossos olhos, os trabalhos de Abraham Palatnik.“ Luiza Duarte - 2008
(texto: abrahampalatnik)
Dedicou-se à solução de problemas técnicos e desenho industrial, desenvolvendo processos de controle visual e automático em indústrias. Em 1963, obteve o copyright para sua invenção de um jogo de percepção: Quadrado Perfeito. Em 1997, participou da 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Seu reconhecimento é internacional. Ele consta do catálogo Art e Mouvement, organizado pelo Museu de Telaviv em 1965 (com colaboração da Galeria Denise René, Paris), no qual foi considerado um dos precursores da arte cinética no mundo.
Palatnik foi um artista, um inventor, um revolucionário. Em 1951, seus trabalhos com aparelhos cinecromáticos quase não puderam participar da 1ª Bienal Internacional de São Paulo pois não sabiam em que categoria inscrevê-los. Acabaram entrando como pintura/escultura e receberam um prêmio especial de pesquisa. Os trabalhos de Palatnik já foram expostos em várias mostras no Brasil e no mundo. Ele inventou desde um novo jogo (misto de xadrez e damas) até um aparelho de descascar coco babaçu sem ferir a amêndoa. Passou do estudo da mecânica dos motores de explosão para a pesquisa de arte com a maior naturalidade, pois considerava a arte como um estágio natural da especulação científica. Dizia que a natureza nos rodeava de toda sorte de informações e que ele estava sempre procurando na natureza as suas informações mais secretas. É considerado um dos pioneiros da arte cinética.
(texto: cibercultura)
O Grivo
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"Duas máquinas", 2008 |
Radicado em Belo Horizonte, Brasil
O Grivo é Nelson Soares e Marcos Moreira Marcos, ambos com formação musical. O trabalho de O Grivo abrange concertos, instalações e performances, com variadas perspectivas de improvisação, e utilização de equipamentos eletrônicos em áudio e vídeo.
Além das performances ao vivo, O Grivo compôe trilhas para cinema, vídeo, dança e instalações em colaboração com artistas como Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Alejandro Ahmmed, Adriana Banana e Rodrigo Pederneiras. No momento o GRIVO trabalha na concepção sonora de um projeto da bailarina Thembi Rosa, parceira do grupo em outras ocasiões, e na captação e trilha de filmes.
Este ano, o grupo fez ao vivo a trilha sonora de filmes mudos de George Méliès, Charles Chaplin e Pat Sullivan, em São Paulo. O Grivo prepara uma instalação sonora em parceria com Rivane Neuenschwander que será mostrada na South London Gallery, em Londres, e terá a forma de uma chuva com diversas variações de timbre, densidade, intensidade e posição espacial.
Para a 28ª Bienal de São Paulo, O Grivo exibe uma instalação sonora e performance com o que chamam de "máquinas sonoras", que, acionadas pelos músicos ou por mecanismos eletrônicos, ocupam o espaço com sons em diferentes freqüências, criando um ambiente com variações mínimas. A percepção do acontecimento sonoro vai variar conforme a posição do visitante nesse ambiente, o que resulta sempre em uma experiência única para cada um.
O trabalho de O Grivo, em suas próprias palavras, pesquisa e aprofunda temas e campos tais como a "espacialização, a disposição e o movimento do som no espaço, a improvisação, a ampliação do repertório de timbres (acústicos, eletrônicos e eletroacústicos), a mecanicidade e a aleatoriedade, o minimalismo (John Cage e Morton Feldman), a transparência da forma, a atenção para todas as particularidades dos sons e ouvido curioso".
Exposições: Museu de Arte de Belo Horizonte; Teatro Telemig, Belo Horizonte;Thèatre d'Arras, Reims, França;Palácio das Artes, Belo Horizonte; Pavilhão Manoel da Nóbrega, São Paulo; Sesc Pompéia, Sesc Avenida Paulista e Sesc Consolação, São Paulo; Martin Klosterfelde Gallery, Berlin, Alemanha; Carreau du Temple, Paris, França.
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Arthur Ganson
Seu Trabalho
Ganson descreve seu trabalho como um cruzamento entre engenharia mecânica e coreografia. Algumas de suas máquinas extremamente elaboradas têm uma função muito simples, tais como lubrificação-se ou causar uma cadeira para pular de um gato de brinquedo, enquanto outros não fazem nada em tudo, mas de uma forma visualmente fascinantes.
Embora alguns críticos lêem significado profundamente filosófica para essas obras, as máquinas também apresentam um lado, infantil brincalhão. Uma de suas construções, um conjunto de engrenagens fio amarrado a um wishbone, apareceu em um episódio do desenho animado infantil série Arthur , onde foi comparado com "as obras tragicômica de Samuel Beckett - um número pequeno para sempre atrelados a sua carga de absurdo. "
Além de suas produções artísticas, Ganson é também o inventor de Toobers & Zots , um comercial de brinquedo set-composto de peças de espuma flexível em formas abstratas que podem ser montadas em quase tudo. Ele também esteve envolvido em projetos de outro brinquedo.
Desde por volta de 1997, Ganson tem sido o mestre de cerimônias do anual "Friday After Thanksgiving" (FAT) competição patrocinada peloMIT Museum , em Cambridge, Massachusetts . Equipes de competidores construção elaborada Rube Goldberg estilo reação em cadeia máquinas em mesas dispostas ao redor de um grande ginásio. Cada aparelho é ligado por uma corda ao seu antecessor e sucessor máquina. A string inicial é cerimonialmente puxado, e os eventos seguintes são filmadas em close up e, simultaneamente, projetadas em grandes telas para a visualização pelo público ao vivo. Após a cascata inteira de eventos tiver terminado, os prêmios são, então, premiado em várias categorias e faixas etárias. Vídeos de diversos concursos de anos anteriores são visíveis no site do Museu do MIT.
(texto: wikipidea)
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Theo Jansen A Haia, 17 de março de 1948 - holandês.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6W9JjIcQkX32DarGPnjpyGdKDZ4OeHOLlwVbZ_NEdKlWojS3sfpt6oJaVbR9EaIFGKyTnZSn-WUJK4fORBmX7a3LDH0dxcqwSsJWp81kngiQgbhjSCZK2JWrR9qo0r5RzpBiF3XD_lfg/s200/799px-Jansen_Theo_Hannover.jpg)
As suas obras são uma mistura de arte e engenharia; em um comercial de televisãoda BMW, Theo Jansen afirma que "as fronteiras entre arte e engenharia existem apenas em sua mente". Diversos vídeos mostrando os seus trabalhos podem ser encontrados no Youtube.
Jansen dedica-se a criar vida artificial através de algoritmos genéticos, que simulam a evolução dentro de seu código.Algoritmos genéticos podem ser modificados para resolverem uma variedade de problemas.Suas criações possuem cérebros primitivos, baseados em contagem binária,que são utilizados para lozalizar sua posição na praia.Seus "animais" necessitam localizar-se para ficarem longe de seus principais perigos: o oceano, o fim da praia e principalmente tempestades.
Segundo sua página:
Há cerca de 10 anos, Theo cria um novo tipo de natureza.Nem pólen nem semente, mas tubos amarelos são utilizados como material básico dessa nova natureza.Ele constrói esqueletos capazes de caminhar com a ajuda do vento.Ele sonha, em um futuro próximo , soltar suas criações na praia para que possam viver suas próprias vidas.
(texto: wikipedia)
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Guto Lacaz www.gutolacaz.com.br
Nasceu em São Paulo, em 1948. É arquiteto pela FAU/USP e artista plástico. Em seu conjunto de obras podemos encontrar esculturas lúdicas, videoinstalações, multimídia, eletroperformances, projetos e instrumentos científicos. Participou de diversos eventos, entre eles SKY ART na USP (1986), e Water Work Project, Toronto, Canadá (1978). Lecionou comunicação visual e desenho de arquitetura na Faculdade de Artes Plásticas da PUC/Campinas, em 1978-80. Foi professor do curso A Técnica e a Linguagem do Vídeo, no festival de inverno de Campos de Jordão, em 1983. Foi editor da revista Around AZ.
Importância da sua obra
Guto Lacaz é basicamente um artista plástico que, às vezes, cruza os terrenos da ciência e da tecnologia, sobretudo quando constrói as suas máquinas e aparelhos paradoxais ou absurdos. É uma espécie de antiengenheiro decidido a aplicar o seu know-how na desmontagem, na desorganização, na desconstrução talvez do sistema produtivo industrial. Trata-se basicamente de conceber e pôr em funcionamento publicamente dispositivos absolutamente inúteis, que repetem ad infinitum suas tarefas quixotescas.
O trabalho de Lacaz é a experiência mais negativa que se conheçe no Brasil (negativa no sentido de portadora de uma negação) em relação a toda a religião da produtividade que embasa as sociedades industriais. O que quer Lacaz é justamente transformar em jogo gratuito a função produtiva da tecnologia, de modo a demonstrar que o trabalho artístico depende muito pouco dos valores da produção e progride sempre na direção contrária à da tecnocracia. A tese que parece sustentar o seu trabalho é a de que a arte independe de qualquer teleologia; ela é o que é, esse enigma inesgotável, entre outras coisas porque lhe faltam finalidades. Ao fluxo quantitativo das mensagens utilitárias e confortantes que trafegam diariamente nos canais majoritários da mídia, a arte responde com a incerteza, a indeterminação e, acima de tudo, com um humor que corrói tudo. (texto: wikipedia)